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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

UM REPUBLICANO COM O REI NA BARRIGA

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"A polémica em torno das acusações das autoridades angolanas segundo as quais Mário Soares e seu filho João Soares seriam dos principais beneficiários do tráfico de diamantes e de marfim levadas a cabo pela UNITA de Jonas Savimbi, tem sido conduzida na base de mistificações grosseiras sobre o comportamento daquelas figuras políticas nos últimos anos.
Enquanto desde logo a intervenção pública da generalidade das figuras políticas do País, que vão desde o Presidente da República até ao Deputado do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, passando pelo PP de Paulo Portas e Basílio Horta, pelo PSD de Durão Barroso e por toda a sorte de fazedores de opinião, jornalistas (ligados ou não à Fundação Mário Soares), pensadores profissionais, autarcas, «comentadores» e comentadores de serviço, etc. Tudo como se Mário Soares fosse uma virgem perdida no meio de um imenso bordel.
Sei que Mário Soares não é nenhuma virgem, e que o País (apesar de tudo) não é nenhum bordel. Sei também que não gosto nada de Mário Soares e do filho João Soares, os quais se têm vindo a comportar politicamente como uma espécie de versão portuguesa da antiga dupla haitiana «Papa Doc» e «Baby Doc». Vejamos então porque é que não gosto deles.
A primeira ideia que se agigante sobre Mário Soares é que é um homem que não tem princípios, mas sim fins. É-lhe atribuida a frase "Em política, feio, feio, é perder".
São conhecidos também os seus zigue-zagues políticos desde antes do 25 de Abril. Tentou negociar com Marcelo Caetano uma legalização do seu (e dos seus amigos) agrupamento político, num gesto que mais não significava do que uma imensa traição a toda a oposição, mormente àquela que mais se empenhava na luta contra o fascismo.
Já depois do 25 de Abril, assumiu-se como o homem dos Americanos e da CIA em Portugal e na própria Internacional Socialista. Dos mesmos Americanos que acabavam de conceber, financiar e executar o golpe contra Salvador Allende no Chile, e que colocara no poder Augusto Pinochet.
Mário Soares combateu o comunismo e os comunistas portugueses como nenhuma outra pessoa o fizera durante a Revolução, e foi amigo de Nicolae Ceausescu, figura que chegou a apresentar como modelo a ser seguido pelos comunistas portugueses.
Durante a Revolução Portuguesa, andou a gritar nas ruas do País a palavra de ordem "Partido Socialista, Partido Marxista", mas mal se apanhou no poder meteu o socialismo na gaveta e nunca mais o tirou de lá. Os seis Governos notabilizaram-se por 3 coisas: políticas abertamente de direita, a facilidade com que certos empresários ganhavam dinheiro e essa inovação da austeridade soarista (versão bloco central), que foram os salários em atraso.
Insultos a um Juiz. Em Coimbra, onde veio uma vez como Primeiro-Ministro, foi confrontado com uma manifestação de trabalhadores com salários em atraso. Soares não gostou do que ouviu (chamaram-lhe o que Soares tem chamado aos governantes angolanos), e alguns trabalhadores foram presos por polícias zelosos. Mas, como não apresentou queixa (o tipo de crime em causa exigia a apresentação de queixa), o Juiz não teve outro remédio se não libertar os detidos no próprio dia. Soares não gostou e insultou publicamente esse Magistrado, o qual ainda apresentou queixa ao Conselho Superior da Magistratura contra Mário Soares, mas sua excelência não foi incomodado.
Na sequência, foi modificado o Código Penal, o que constituiu a primeira alteração de que foi alvo por exigências dos interesses pessoais de figuras públicas.
Soares é arrogante, pesporrante e malcriado. É conhecidíssima a frase que dirigiu, perante as câmaras de TV, a um agente da GNR em serviço que cumpria a missão de lhe fazer escolta enquanto Presidente da República durante a presidência aberta em Lisboa: «Ò Sr. Guarda! Desapareça!». Nunca em Portugal um agente da autoridade terá sido tão humilhado publicamente por um responsável político, como aquele pobre soldado da GNR.
Em minha opinião, Mário Soares nunca fdoi um verdadeiro democrata. Ou melhor, é muito democrata se for ele a mandar. Quando não, acaba-se imediatamente a democracia. À sua volta não tem amigos, e ele sábe-o: tem pessoas que não pensam pela própria cabeça e que apenas fazem o que ele manda e quando ele manda. Só é amigo de quem lhe obedece. Quem ousar ter ideias próprias é triturado sem quaisquer contemplações.
Algumas das suas mais sólidas e antigas amizades ficaram pelo caminho quando ousaram pôr em causa os seus interesses e as suas ambições pessoais.
Soares é um homem de ódios pessoais sem limites, os quais sempre colocou acima dos interesses políticos do partido e do próprio País.
Em 1980, não hesitou em apoiar objectivamente o General Soares Carneiro contra Eanes, não por razões políticas, mas devido ao ódio pessoal que nutria pelo General Ramalho Eanes. E como o PS não alinhou nessa aventura que iria entregar a Presidência da República a um General do antigo regime, Soares, em vez de acatar a decisão maioritária do seu partido, optou por demitir-se e passou a intrigar, a conspirar e a manipular as consciências dos militantes socialistas e de toda a sorte de oportunidades, não hesitando mesmo em espezinhar amigos de sempre como Francisco Salgado Zenha.
Confesso que não sei porque é que o séquito de prosélitos do soarismo, onde, lamentavelmente, parece ter-se incluído o actual Presidente da República, apareçam agora tão indignados com as declarações de governantes angolanos e estiveram tão calados quando da publicação do livro de Rui Mateus sobre Mário.
Soares. Na altura todos meteram a cabeça na areia, incluindo o próprio clã dos Soares, e nem tugiram nem mugiram, apesar de as acusações serem então bem mais graves do que as de agora. Porque razão é que Jorge Sampaio se calou contra as «calúnias» de Rui Mateus?
Dinheiro de Macau. Anos mais tarde, um senhor que fora Ministro de um Governo chefiado por Mário Soares, Rosado Correia, vinha de de Macau para Portugal com uma mala com dezenas de milhares de contos. A "proveniência" do dinheiro era tão pouco limpa, que um membro do Governo de Macau, António Vitorino, foi a correr ao aeroporto tirar-lhe a mala à última hora.
Parece que se tratava de dinheiro que tinha sido obtido de empresários chineses com a promessa de benefícios indevidos por parte do Governo de Macau. Para quem era esse dinheiro foi coisa que nunca ficou devidamente esclarecida. O caso Emaudio (e o célebre fax de Macau) é um episódio que envolve destacadíssimos soaristas, amigos intímos de Mário Soares e altos dirigentes do PS da época soarista. Menano do Amaral chegou a ser responsável pelas finanças do PS, e Rui Mateus foi durante anos responsável pelas relações internacionais do partido, ou seja, pela angariação de fundos no estrangeiro.
Não havia seguramente no PS ninguém em quem Soares depositasse mais confiança. Ainda hoje subsistem muitas dúvidas (e não só as lançadas no livro de Rui Mateus) sobre o verdadeiro destino dos financiamentos vindos de Macau. No entanto, em Tribunal os pretensos corruptores foram processualmente separados dos alegados corrompidos, com esta peculiaridade (que não é inédita) judicial: os pretensos corruptores foram condenados, enquanto os alegados corrompidos foram absolvidos. Aliás, no que respeita a Macau só um Pais sem dignidade e um povo sem brio nem vergonha é que toleravam o que se passou nos últimos anos (e nos últimos dias) de administração portuguesa naquele Território, com os chineses pura e simplesmente a chamarem ladrões aos portugueses. E isso não foi só dirigido a alguns colaboradores de cartazes do MASP que a dada altura enxamearam aquele território. Esse epíteto chegou a ser dirigido aos amis altos representantes do Estado Português. Tudo por causa das fundações criadas para tirar dinheiro de Macau. Mas isso é outra história cujos verdadeiros contornos hão-de ser um dia conhecidos. Não foi só em Portugal que Mário Soares conviveu com pessoas pouco recomendáveis. Veja-se o caso de Betino Craxi, o líder do PS italiano, condenado a vários anos de prisão pelas autoridades judiciais do seu país, devido a graves crimes como corrupção. Soares fez questão de lhe manifestar publicamente solidariedade quando ele se refugiou na Tunísia.
Veja-se também a amizade com Felipe Gonzáles, líder do Partido Socialista de Espanha que não encontrou melhor maneira para resolver o problema político do País Basco senão recorrer ao terrorismo, contratando os piores mercenários do Lumpen e da extrema-direita da Europa para assassinar militantes e simpatizantes da ETA.
Mário Soares utilizou o cargo de Presidente da República para passear pelo estrangeiro como nunca ninguém fizera em Portugal. Ele, que com tanta austeridade impôs aos trabalhadores portugueses enquanto Primeiro-Ministro, gastou, como Presidente da República, milhões de contos dos contribuintes portugueses em passeatas pelo Mundo, com verdadeiros exércitos de amigos e prosélitos do soarismo, com destaque para jornalistas. São muitos desses «viajantes» que hoje sem põem em bicos de pés a indignar-se pelas declarações dos governantes angolanos.
Enquanto Presidente da República, Soares abusou como ninguém das distinções honoríficas do Estado Português. Não há praticamente nenhum amigo que não tenha recebido uma condecoração, enquanto outros cidadãos, que tanto mereceram, não obtiveram qualquer distinção durante o seu «reinado».
Um dos maiores vultos da resistência antifascista no meio universitário, e um dos mais notáveis académicos portugueses, perseguido pelo antigo regime, o Prof. Orlando de Carvalho, não foi merecedor, segundo Mário Soares, da Ordem da Liberdade. Mas alguns que até colaboraram com o antigo regime receberam as mais altas distinções. Orlando de Carvalho só veio a receber a Ordem da Liberdade depois de Soares deixar a Presidência da República, ou seja, logo que Sampaio tomou posse. A razão foi só uma: Orlando de carvalho nunca prestou vassalagem a Soares, e Jorge Sampaio não fazia depender disso a atribuição de condecorações.
Funcação com dinheiros públicos. A pretexto de uns papeis pessoais cujo valor histórico ou cultural nunca ninguém sindicou, Soares decidiu fazer uma Fundação com o seu nome. Nada de mal se o fizesse com dinheiro seu, como seria normal.
Mas não: acabou por fazê-lo com dinheiros públicos. Só o Governo, de uma só vez, deu-lhe 500 mil contos, e a Câmara de Lisboa, presidida pelo seu filho, deu-lhe um prédio no valor de centenas de milhares de contos, Nos Estados Unidos, na Inglaterra, na Alemanha ou em qualquer país em que as regras democráticas fossem minimamente respeitadas muita gente estaria, por isso, a contas com a justiça, incluindo os próprios Mário e João Soares, e as respectivas carreiras políticas teriam aí terminado. Tais práticas são absolutamente inadmissíveis num país que respeitasse o dinheiro estorquido aos contribuintes pelo fisco. Se os seus documentos pessoais tivessem valor histórico Mário Soares deveria entregá-los a uma instituição pública, como a Torre do Tombo, ou o Centro de Documentação 25 de Abril, por exemplo. Mas para isso era preciso que Soares fosse uma pessoa com humildade democrática e verdadeiro amor pela cultura. Mas não. Não eram preocupações culturais que motivavam Soares. O que ele pretendia era outra coisa. Porque as suas ambições não têm limites ele precisava de um instrumento de pressão sobre as instituições democráticas e dos órgãos de poder e de intromissão directa na vida do País. A Fundação Mário Soares está a transformar-se num verdadeiro cancro da democracia portuguesa.
O livro de Rui Mateus, que foi rapidamente retirado do mercado após a celeuma que causou em 1996 (há quem diga que "alguém" comprou toda a edição), está disponível em:


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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

MY MAN

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A historian of early Christianity at Harvard Divinity School has identified a scrap of papyrus that she says was written in Coptic in the fourth century and contains a phrase never seen in any piece of Scripture: “Jesus said to them, ‘My wife . . .’ ”
The Times.

Fine, now you know: Jesus was married and for many years I happily answered to the name Mrs. Melissa Christ. I met Jesus when we were both teen-agers, at a Young Hebrews mixer in Bethlehem. I was there with my best friend, Amy of Nazareth, and we were getting ready to leave, because we were sick of all those chubby Orthodox boys in rough burlap robes and untrimmed sideburns coming up to us and saying things like “I hope you’re not menstruating, because I’d really like to touch you.”
But then, across the room, I saw this beautiful guy with gorgeous flowing hair, wearing a simple white linen tunic and swaying gently to the music with his eyes shut, which was especially impressive because the band consisted of two elderly men rhythmically squeezing a goat. I couldn’t help staring, even after Amy told me, “I’ve heard about him. His name is Jesus and he doesn’t have a job.” But then Jesus opened his stunning blue eyes and gazed upon me, and I said to Amy, “I think I’ve just discovered one of the lost tribes of Israel.” “Which one?” she asked, and I said, “The blonds.”
Then Jesus came over and introduced himself and we chitchatted about everything, from keeping the Sabbath to how we both felt really sorry for the lame. Then I asked Jesus about his family, and he said, “My father is a carpenter,” and I could feel myself getting all flushed as I immediately thought, Hello, new coffee table.
After that, Jesus and I started seeing each other, although Jesus’ being unemployed did start to bother me, and finally one night I asked him, “So what are your plans?” And he replied, “Well, I’m thinking about inventing Gentiles.” “Gentiles?” I asked. “What are those?” “You know,” Jesus answered. “Jews who drink.”
Whenever Jesus would start telling me about this whole new-religion business, I would get nervous and ask, “But why isn’t the Torah enough?” And then Jesus would look deep into my eyes and smile and murmur, “First draft.” Which would make me even more nervous, until one afternoon Jesus sat me down on a rough-hewn bench and said, “All I’m talking about is everyone loving and respecting each other, and sharing the Lord’s bounty and bringing peace to the world.” And, while I was definitely intrigued, a tiny voice inside my head kept repeating, “Don’t lend him money.”
As the months went by, Jesus began to get more serious about spreading his message of compassion and understanding, and he began to attract hundreds of followers, and all I kept thinking was, Where is everyone going to sit? What if we run out of dried figs and almonds? That’s when Jesus waved his hand and, I couldn’t believe it, but there it was: an all-you-can-eat buffet. And I said to Jesus, “This is incredible, but I’m still a Jewish girl,” and so he waved his hand again and there they were: napkins.
Of course, like any couple, Jesus and I had our challenges. I didn’t like his friends, especially Judas, who kept telling people that he was Jesus’ manager, and who kept coming up with ideas like “What if everyone who comes to hear the Sermon on the Mount gets a free, crude wooden bobblehead of one of the apostles, so they’ll have to keep coming back, to collect them all?” and “What if Jesus wore his hair up?”
By this point, Jesus and I had been dating for seven years, and my friends kept saying things like “So when is Jesus going to pop the question?” and “Maybe Jesus would like you better if you were crippled” and “I bet Yimmel the Moabite is starting to look pretty good right now, even with the chronic perspiration.” At last, I got up my courage and I told Jesus, “You can either become a divine beacon of light for the entire world or you can marry me and start thinking about moving out of your parents’ manger.” For a second, Jesus looked dejected, but then he glowed even brighter and he took my hand and declared, “We can have it all! I want you to become my wife!” Which made me even bolder, and I asked, “But what about Mary Magdalene?” And Jesus said, “That was the old me.”
We were married in a simple, private ceremony in the desert, by a rabbi and someone whom Jesus called a Baptist minister. Right before the vows, the rabbi whispered to me, “Think about what you’re doing. Your children will be half Christian.” Which was when the minister whispered, “So what? College isn’t for everyone.”
But at our reception, at a lovely oasis, Jesus won over my family completely, when he healed my cousin Barry of Galilee, who’d been wracked with boils his entire life, although even after Barry was instantly cured my Aunt Ruth commented, “He also has lice.”
For the next few years, I accompanied Jesus as he travelled from village to village, spreading the word of God to all who would listen. I’d tell myself, “Let him get it out of his system.” Everything came to a head one night at a dinner party at a local inn. All of the apostles had gathered, and I was trying out a new recipe for unleavened cupcakes. “These are delicious,” Judas said, which made me suspicious, because, frankly, have you ever tasted an unleavened cupcake? Then Jesus announced that someone at the party would betray him, and I stood right behind Judas and I kept pointing and mouthing the words “It’s him! Wake up!” But Jesus told me privately that he suspected Luke, and, when I asked him why, Jesus said, “Because when I told him about my turn-the-other-cheek idea Luke said, ‘But wouldn’t it be stronger if you said, “Turn the other cheek, bitch?” ’ ”
Then, of course, everything went to pieces and terrible things happened, and when I was finally allowed to visit Jesus in prison I begged him to abandon his beliefs and to save his own life. But he wouldn’t do it, because that’s not who he was. “I love you so much,” I told him, “but I guess you always have to be right about everything.”
A few days after Jesus passed away, I was sitting in our hut, crying my eyes out, when the door swung open and, bingo, there he was. Of course, my first thought was, Hold on, maybe he had a twin brother. But then he kissed me and said, “No, it’s really me, and I’m dead and I’m back, but only for the day.” And I just felt so angry and hurt and confused about everything that had happened that I pounded on his chest and I howled, “JESUS CHRIST, WHAT WERE YOU THINKING?”
Then, after he left for good, I discovered that Mark and Matthew and the rest of them had been jealous of my marriage, so I was erased from the earliest Gospels, which were called Just Jesus, Bachelor Messiah, and Duderonomy. And, as for that scrap of papyrus, it was actually one of Jesus’ notecards, from his early days doing standup, as an opening act for Little Esther and the Purim Posse, and Avram and Roy. The phrase “Jesus said to them, ‘My wife . . .’ ” was the setup for a joke, which continued, on the next card, “is so fat . . .,” and you can imagine the rest. 
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